terça-feira, 17 de setembro de 2013

CRIATURA - CULTURA


Estamos em círculo/
Ao menos, essa fora a intenção/
Um tiro quase certeiro/
Não terá outro jeito/
Fica pro quadrado/
E assim, vão se ajeitando/
Novidade para alguns...
Outros/
Nem tanto/
Todas cadeiras ocupadas/
Somente o ruído dos carros/
Ficam lá fora/
E a criatividade?
Talvez chegue mais tarde.../
Antes tarde/
Do que não tentar[...]

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

EM QUEM NÃO VOTAR

Naquele que oferece adesivo para o vidro traseiro do carro e paga com combustível; 
Naquele que banca churrasco em época de eleição;
Naquele que exibe sua máxima financeira chegando ao um grande número de carros de som e até utilizando-se de trio elétrico; Naquele que excede com a poluição sonora;
Naquele que não conhece e nunca se interessou por logística reversa; 
Naquele que espalha “santinho” pela cidade deixando que a chuva recolha seu lixo;
Naquele que separa educação da cultura;
Naquele que diz: Eu “vou fazer” e mesmo que o correto seja eu farei...
Naquele que prefere o esporte de marketing a formação de um atleta como pessoa;
Naquele que concentra seus votos num só lugar;
Naquele que não atrapalha, também não ajuda e não está nem aí, a não ser que seja com seus próprios interesses; 
Naquele que decora suas falas [...]

TEMPO DE DECISÃO

Que tempo é esse
que tem validade?
Meu tempo é corrente...
as vezes não tenho pressa
outras, me apresso pra passar o tempo
Projeto de minha natureza
Observo o tempo das pessoas
que por autopunição
têm seu tempo interrompido
Para um tempo assim
não ha tempo

e nem tempo que recuse(...)

" Visão da elite conservadora Brasileira: Protestos na Europa ou nos EUA, com ou sem vandalismo; são ações de pessoas racionalistas que não se acomodam - Já no "Brazil", não passam de atitudes irracionais feita por baderneiros e desocupados."
Logo, será um caminho sem volta - a história do mundo é feita de revoluções...

Priorizem a Educação sem limites, e num futuro próximo, teremos mais diálogos - senão, precisaremos de mais fardas(...)

...

Aproveito esta segunda – feira, não menos fria, onde, continua a segunda semana do Festival de Inverno de Itapeva –, e felicito os organizadores e todo pessoal envolvido neste aprazível e muito plural evento cultural. Sim. Felicitar!, afinal, trata-se de uma feliz ideia, e felizes estão por fazerem arte.
Não se trata de demagogia, tampouco, algum tipo persistente dum politicamente correto – apenas de uma lógica em comutar; como um bibliófilo troca um quadro por livros raros com o editor. De minha parte, em forma de agradecimento, até onde no momento posso chegar.
Ao contrário de que alguns pensam a arte não é elitista, e nem ao menos posse de alguns poucos intelectuais. A arte, vem do povo e esta com o povo, para o povo...Numa base critica e por minha conta e risco, clamo que: É incrível e perceptível a ausência de legisladores, “ outros que se dizem formadores de opinião” - educadores, executivos da iniciativa privada , gestores públicos ... Enfim, indivíduos que por regra tendem e tenderão influenciar seus liderados e admiradores, profissionalmente falando[...]Ao todo, não cabe somente o dever dos impostos cumprido e/ou a forma política do assistencialismo – levando para um possível ócio violento, neurótico e preguiçoso. Compete continuar aprendendo com a arte e suas vertentes; fomentando a cultura e, assim, elevar-se-ão todos, inclusive o ócio – para a arte, a criatividade e a liberdade de uma cidade representada por seus cidadãos inclusos numa sociedade mais dialética.

Saudações, e viva a arte de um novo olhar

...

A quem interessar possa:

Nessas duas ultimas semanas tenho lido várias e diversificadas teorias e opiniões acerca da educação e a força do trabalho:
E me fez pensar que, realmente, fomos e somos ainda, ensinados que é necessário estudar pra ser alguém na vida. O que realmente é ser esse alguém que tanto falamos (...?)
Estudar para ganhar muito bem, ter ótimos e privilegiados benefícios, participações, prêmios anuais... Enfim, fazer disso uma busca obscura e prolixa numa matéria regida por um emaranhado de cláusulas, cada uma com suas subcláusulas e cada subcláusula com suas exceções, e cada exceção comportando uma boa dose de arbitrariedade (...) Muito confuso isso não é?
Pois bem!, o que quero dizer, é que a educação começa com o homem ouvindo seu interior, e não ser reduzido a um elemento de uma manada.
É notável que exista um abismo entre o aluno e a força do trabalho, e de uma forma reversível, será necessário educá-lo para o meio de sobrevivência dentro de sua realidade e habilidade.
Portanto, o estudar é um tempo gasto para obtenção do conhecimento. E, poderemos ir alem do conhecimento; transformando uma criança ao longo de seu tempo em uma pessoa participativa, e não apenas sonhadora; e que possa ainda fazer a distinção entre atividades de estudo, trabalho e lazer. Deixando de lado assim, a idéia de um emprego panfletário.
Ao contrário de que, estamos hoje - produzindo pessoas que idolatram as novas formas de rentistas, herdeiros empresários que recebem mapas da mina das mãos do pai privatista e outras figuras deste mesmo bestiário[...]

...

O que é o futuro, senão um sopro da necessidade...
melhor a dúvida, do que uma certeza cheia de limites;
E se habitássemos um lugar anormal, ninguém permaneceria o mesmo depois de rir.
Não serei eu uma peça de lego, por isso, prefiro a arte.
Ah! o equilíbrio..,. a paciência as vezes, poderá ser inimiga da oportunidade...
Digo ainda, que o amor nada mais é do que uma gentileza para o ser humano
E, permanecemos com uma visão cínica do mundo[...]
Até quando...?

...

Ter fé em Deus ou, num deus, é alcançável; difícil e muito complicado, é acreditar nos homens.
Não pretendo com esta colocação, reduzir a fé ou duvidar da existência duma Providência [...]
Antes de tudo, é necessário que o indivíduo acredite em si – e o quanto sua fé está inserida a partir de seu potencial.
Quanto à ideia de sustentabilidade, responsabilidade social e preservação: essas, estão agora plugadas na sociedade ativa, e não fixadas, como deveriam ser; e tendo como base uma inserção educacional.
Essa forma plugada, para mim – corresponde à necessidade modista de nossa sociedade, bem como, a intenção puramente catalogada de empresas e pessoas que a necessitam para garantia de seu lucro e, consequentemente, prestígio.
Por fim, não acredito em partidos ou instituições... Porem, devo acreditar em mim. E, com isso, esperar dum ideal real, e em seu feliz resultado.

... tenho fé nesse imaginário como chances positivas de evolução.

FORA

Embora

             possa
ir embora

             quem  
possa agora

ficar

mesmo triste
embora

                seja...

sábado, 29 de junho de 2013

NÃO PERTENCIA AOS COCOS


Dror, trabalhava entre os cocos há quase cem anos - metade de sua vida. Quando olhava pela janela avistava os cocos. Eram árvores lotadas de cocos que balançavam com o vento. Muitos cocos caiam o tempo todo e as vezes, despencavam nas cabeças de alguns desavisados.

Toda manhã, durante dias, meses e ao longo dos anos, Dror repetia sua rotina - acordava as seis horas da manhã para trabalhar. No trajeto, o qual durava vinte minutos, ele, as vezes sonhava com lindas dançarinas, porem, elas insistiam em segurar um coco, o que transformava o sonho em pesadelo. Seu desjejum era a base dum suco feito com polpa de coco, engolido rapidamente. E, ainda assim, quando lembrava, levava bolachas de coco para comer na metade da manhã.

No verão, durante a caminhada até a barraca de cocos para o horário de almoço, as folhas dos coqueiros aliviavam o calor. Nos dias de chuvada, as folhas de cocos já não o protegia tanto assim.

Os chefes, distribuídos no coqueiral, vinham com ideias do sul asiático, já que não sabiam ao certo onde originou o coqueiro - preferiam acreditar que mereciam outra cultura.

Os cocos nasciam, os cocos cresciam, os cocos eram tirados, os cocos caiam sozinhos por força da natureza. E assim, o grande coqueiral já estava ali pelo menos há quatrocentos anos.

Os cocos, eram sempre os mesmos - já as pessoas... Algumas delas evoluíam - outras; se transformavam em cocos, e assim por diante.

Passados milhares de luas e, Dror, ainda encontrava-se naquela mesmice. Sem apresentar qualquer sombra de dúvidas - restavam apenas as sombras das folhas dos coqueiros...

Porem, numa segunda-feira bronca, onde os cocos seriam normalmente colhidos, Dror, substancialmente sentiu uma vontade de sonhar. Parou embaixo de um coqueiro velho e improdutivo; sentou-se como se a vida fosse findar em algumas horas - retirou uma caneta do bolso de sua camisa; pegou um pequeno e mal-usado caderno de anotações que deveria ser usado pelo coqueiral como um "balsamo" nas tempestades de ideias que, por ventura, poderiam vir a surgir nas cabecinhas ocas dos trabalhadores. Palavras ultimas, dita por um dos chefes num dos momentos de soberba os quais eles todos faziam questão de dividirem para afagar os egos inflados como um coco gigante.

Em questão de horas, Dror, havia preenchido todo o caderno com seus sonhos - e o mais incrível - é que nesses sonhos não haviam nenhum tipo de coco. Então, razoavelmente, ele não poderia sequer pensar em apresentar aos chefes o que idealizara através de seus possíveis devaneios (...) Com tudo, naquele inimaginável momento, Dror já não se preocupava com mais nada, pois, seus maiores sonhos; aqueles que recusavam-se a passar de dentro para fora, haviam emergido das areias.

Com o caderno em mãos, ele foi até a casa grande, limpou os pés, tomou sua ultima xícara de água de coco, e sem ao menos bater na porta da sala onde habitavam os chefes, ele entrou.

Ao abrir a porta, Dror congelou de imediato e seus músculos não responderam por alguns segundos. O que ele vira, parecia inacreditável para seus olhos que, com os cocos, habituados estavam. Os chefes estavam todos de cara colada ao monitor e nem sequer haviam percebido a intromissão do sujeito.

Sobre uma mesa enorme e redonda, haviam várias garrafas vazias de refrigerante cola, e ao lado, um freezer com portas de vidro abarrotado de refrigerantes e de todas as possíveis marcas.

Sem ao menos dizer uma palavra e, sequer, ter dado o tempo para que eles o interrogassem sobre a sua inesperada presença, Dror, deixou o caderno sobre a mesa junto as garrafas vazias e saiu apressadamente como se nada tivesse acontecido.

No dia seguinte, após todos esses anos, Dror não aparecera para seu infortúnio diário, e sequer havia avisado sobre sua ausência. As faltas se repetiram por vários dias e ninguém sabia de seu paradeiro. Souberam apenas que ele havia mudado com sua família para longe das terras dos cocos.

Hoje, o número de coqueiros triplicaram desde a fuga de Dror, e seu lugar, sua função; fora absolvida por um jovem aprendiz. Os chefes continuam os mesmos, e ainda se refrescam com refrigerantes toda tarde de verão, sem falar que durante o inverno, consomem muito chocolate quente.

Dror, comprou uma banca numa apreciada e abissal feira do local onde mora; vende todo tipo de frutas, legumes e verduras; diariamente, ele faz questão de conversar sobre qualquer assunto com todos seus clientes e donos de bancas vizinhas; ganha pouco mais da metade do que recebia trabalhando entre os cocos.

Ah, sem esquecer que Dror, adora tomar refrigerante nas tardes de calor.





Dror: Nome judaico masculino - Significa Liberdade. Pássaro

sábado, 15 de junho de 2013

Peloamordedeus

de que sombra você nasceu?
se mereceu não entendeu
galhos mortos;
secos ...
as folhas se despediram
flores agora são sonhos
de que terra, plantou seu alimento?
se mereceu não entendeu
minerais mortos
secos ...


CARTINHA A MALU


Benvinda Malu!


A este mundo positivo em que existem sonhos possíveis.

De forma bem rápida, linda Malu, irei te contar algumas coisas, apesar de você ter sentido e, muitas vezes, ouviu falar, desde quando era um embrião lá na barriga da mamãe ... "Ah, o que é embrião?" Bem Malu... deixe as perguntas pra depois, seus pais não vêm a hora de responde-las, uma a uma, principalmente seu apreensivo papai... Hahaha.

Continuando Malu... Neste planeta, existem sim, pessoas adequadas para habita-lo. É incrível linda Malu, mas quando abrir seus olhinhos, verá tanta gente diferente - uma mais estranha que a outra, somos tão diferentes. Você sentirá vários perfumes que até coçará seu pequenino e sensível nariz. Isso mesmo!, pode espirrar, e não se espante - todos a sua volta acharão graça. É difícil de explicar, mas essas pessoas estarão meio abobadas - fazendo biquinhos, enrugando a testa, mordendo a língua... e pode crer, uma boa parte chorando pra caramba.

E quando todo esse tumulto passar, por um instante, naquela sua folguinha entre você e o calor de sua protetora; olhe para janela e repare como é lindo a azul do céu nas tardes de inverno - ah, e se por acaso esse azul desaparecer, não se preocupe, são as nuvens enviadas pelo papai do céu em forma de coração, boneca, carrinho, cachorrinho, sorvete, violão... etc., que estarão dando uma passadinha para também poder vê-la.

Ah, eu ia me esquecendo de algo muito importante: lembra das músicas que você escutava quando estava na barriga da mamãe? Então... bom... não preciso nem falar..., com certeza, você, linda Malu, já tem bom gosto.

Quanto a palavra felicidade - aquela definição que os adultos procuram todo o tempo? Posso dizer-te em poucas palavras: olhe pra cara de seus pais! E o restante de tudo que é maravilhoso nesta Terra, eles, seus pais, se encarregarão de ensinar-te...

Por hoje é só linda Malu, pois já está na hora de seu soninho. Aproveite bastante esse momento.

...

Vendem-se problemas!
Procurar: Planeta Terra
Responsável Técnico: Ser Humano

(...)

DIA DOS NAMORADOS MARCADO



Neste mundo que translada diariamente a capacidade humana - os anos são contados mais pelas datas comemorativas de crescente modelo panfletário do que pelo próprio interesse em conhecer a vida como ela é..., nas ultimas palavras, parafraseando Nelson Rodrigues

Temos de certa forma, um calendário a ser cumprido, e que, superficialmente, dialoga com a sociedade. E, após o estourar das rolhas em garrafas de "cidra" e do cheiro ajuntado das fumaças dos fogos de artifício, as promessas se reorganizam e, as agendas nos celulares, bem como nas folhinhas dependuradas as paredes, serão agora nossos guias. Porem pode ser que nos guie a uma ilusão (...)

Data de aniversário do individuo, do aniversário de casamento, dia das mães, dos pais, das crianças, dos namorados e enamorados..., enfim, datas que sequer nos proporcionam um feriado, porem, apresentam com suas vinte quatro horas, tempo que aparentemente é considerado suficiente para a devida estima e atenção.

De maneira mais avassaladora, um esquecimento - fruto dessas modificações e progressões do homem poderá culminar em tempestade de fúria do ser amado.


Já, àqueles que se consideram desamado e mal-fadados, resta apenas o refresco de não sentir-se por hora um ababalhado, sem falar na contenção de despesas e, ainda sim, por ultimo, exaltar o beneficio de que - ao menos neste ano não correrá o risco de sentir uma horrenda cólera por parte do outro elemento, caso venha a cair humanamente numa divina amnésia quanto ao verbo presentear no dia dos namorados marcado.

...

"A canoa vai de proa e de boa eu vou com a canoa"